Brasil,
Que tipo de "gente" é você ?
O Jornal da Tarde de 5 de julho de 2001 publicou interessante artigo do pesquisador do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, José Vicente da Silva Filho. O artigo Pessoas, indivíduos e elementos faz uma criativa e oportuna diferença entre essas três "classes de seres". Pessoa, segundo Josë Vicente, são aqueles membros de nossa sociedade titulares da primeira classe da cidadania, detendo todos os direitos comuns e alguns especiais exclusivos. Para as pessoas não existem filas, espera, burocracia, mas existem imunidades, tribunais especiais e toda blindagem legal. Existe também os indivíduos, que são aqueles que precisam lutar para usufruir seus direitos. São os subcidadãos, a manada. Não possuem rosto e quando aparecem nos meios de comunicação, apenas surgem como dados estatísticos. São lembrados, mas em ocasião de eleição, por exemplo. Ou quando é preciso economizar energia. Há ainda a categoria dos elementos, que, para o prof. José Vicente, são aqueles que perderam todos os seus direitos por decisão de algumas pessoas ou indivíduos. São alvos do exercício do poder e da força. Seu aspecto físico brutalmente os diferenciam das pessoas e dos indivíduos. São os excluídos da sociedade. Por ser coronel da reserva da PM, o prof. José Vicente aplica o artigo especialmente ao âmbito policial, mas suas conclusões podem ser bem aplicadas ao cotidiano de nossa sociedade brasileira, onde impera o chavão que o antropólogo Roberto Da Matta (também citado no artigo) nos ensina - você sabe com quem está falando? Dizemos que aqui a isonomia torna todos iguais, mas na prática a nossa sociedade considera alguns mais iguais do que os outros. Parabéns prof. José Vicente por excelente artigo.

CPMF revela sonegadores, mas ...
Fazendo um levantamento no movimento do CPMF, a Receita Federal descobriu que 11,7 milhões de pessoas e 464.363 empresas não declararam Imposto de Renda, mas movimentaram R$ 341,6 bilhões. E estes dados se referem a 1998.
O Secretário da Receita, Everardo Maciel que o estudo deixa claro a situação kafkaniana e paradoxal da Receita, que tendo indícios à mão não pode investigar.Mesmo sabendo o nome, endereço, telefone e CPF de todas estas pessoas, a Receita está impedida de fazer qualquer coisa uma vez que a lei que instituiu a CPMF impede que a Receita utilize os seus dados
para a fiscalização. É hora de reestudarmos o sigilo bancário.
(Jornal da Tarde, Economia, página 6A, 16/9/2000)

No Brasil, o crime compensa
palavra do promotor de Justiça Edilson Bomfin presidente do 1º Congresso Mundial do Ministério Público. Ele também falou, em entrevista publicada na Folha de São Paulo (17/9/2000, pg. A4) que o Brasil é um dos países mais corruptos do mundo e o brasileiro não tem razão alguma para ser honesto. Ele não vê o criminoso do colarinho branco ser encarcerado, vê uma legislação fraca, que privilegia o megadelinquente. O crime só não compensa quando existe uma punição adequada. No Brasil, para alguns tipos de crime, o crime compensa.

A verdade é que será preciso associar punição, com o uso adequado do dinheiro público, pois além do cidadão não querer cumprir a lei por não haver punidade, o descaso com o uso do dinheiro público também é um elemento indutor para a sonegação e para a corrupção.


Sobre isso veja o capítulo 15 do livro Dando um jeito no jeitinho, que traz interessante abordagem demonstrando o cíclo vicioso da sonegação e corrupção no Brasil, impulsionadas pelo jeitinho. Retire grátis aqui uma cópia deste capítulo em formato Adobe Acrobat.

O livro Dando um jeito no jeitinho é destaque
em O Estado de São Paulo

O livro Dando um jeito no jeitinho, foi indicado no Caderno 2, página D-3, na seção de lançamentos, do domingo, dia 16 de abril de 2000. O resumo do livro descreve realmente o que o livro é:
Quem nunca passou pela experiência de dar um "jeitinho" para conseguir algo? No Brasil, a expressão até virou moda. No livro Dando um Jeito no Jeitinho (Editora Mundo Cristão, 238 páginas, R$ 22), Lourenço Stelio Rega enfoca a ética do jeitinho e leva a uma reflexão sobre as várias maneiras de se dar um jeito e de como essa atitude reflete na vida do indivíduo e da sociedade. Cada capítulo revela, por meio de fatos concretos e com muito bom humor, diversas maneiras pelas quais esse fenômeno é tratado como um comportamento cultural que controla hábitos, decisões e escolhas. O autor não só apresenta uma maneira inédita de tratar o assunto, como também sugere alternativas para driblar e sobreviver ao famoso "jeitinho".

(O ESP, Caderno 2, página D3, 16/4/2000)
O jeitinho é o the brazilian way of life.

A saúde no Brasil - ainda há muito descaso
O educador L. F. Barros escreve artigo ao Jornal da Tarde (5/2/2000, p. 2) demonstrando que não há preocupação com a promoção do "estado da saúde".


Roubo de carro
não há jeito de acabar com isso?

Joelmir Beting, escreveu em 6/2/2000 em O Estado de São Paulo demonstrando que no Brasil há uma vasta cadeia de fornecedores de serviços e uma baita rede de distribuidores de veículos.


Mínimo revela descaso
O salário mínimo deixou de ser uma questão relevante no mercado de trabalho para se converter numa questão ligada à política de previdência e assistência social.

O Estado brasileiro não pode continuar voraz em termos fiscais e avarento em termos sociais.
Até quando a realidade do país continuará camuflada. É preciso dar um jeito nisso. Leia mais.
 
Aumentar a carga tributária, ou ajustar o orçamento público?
Estamos começando a ficar cansados em ouvir falar sobre o aumento da carga tributária.
Quando as finanças não vão bem em casa, geralmente cortamos as despesas. Até agora as mais variadas esferas do governo não apresentaram nenhum plano de economia nas despesas
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Você acredita na polícia
A Folha de São Paulo (6/2/2000) apresentou estatística demonstrando que os paulistanos tem uma percepção da violência maior do que ela realmente é. Além disso, a credibilidade da polícia paulista tem caido cada vez mais.
Código do Consumidor completou 9 anos

O Jornal da Tarde de 18/março/2000 nos lembra que a lei 'pegou' no Brasil, protegendo as relações de compra e obrigando a sociedade e as empresas a criar novos mecanismos de proteção e fortalecer os órgãos de defesa ao consumidor.

Precisamos fazer valer o nosso direito como consumidor. Nós mesmo é que seremos beneficiados recebendo bons serviços e produtos.

Dê um jeito em sua preguiça e ajude a construir um país melhor. Quando não for bem atendido use os seus direitos. Um lembrete: não esqueça de ser educado e falar com bastante jeito.

O otário é você?

Eliane Cantanhêde escreve para a Folha de São Paulo, (6/2/2000, Opinião, p. 2), o depoimento do representante das Farmáricas na CPI sobre o remédio BO ('Bom para otário'). Ela fala que existe dois tipos de otários no que diz respeito aos medicamentos BO.

Dizem que no Brasil já não existe mais caixa dois. De tanto movimento, o caixa dois deu lugar ao caixa três, caixa quatro, etc.

O jeitinho fala alto no Detran - será que é só em São Paulo?????
Você tem seu carro apreendido? Não se preocupe há alguém no Detran que dá um jeitinho! Como licenciar seu carro sem pagar as multas? Não se preocupe também, vá lá no Detran, ou melhor fale com algum despachante que participa do esquema, ele limpa a tua barra, "congela" a sua multa, enquanto o licenciamento está sendo feito. Ele dá um jeitinho! Aí depois de alguns dias, tudo volta ao normal. Mas também, o próximo licenciamento ... só o ano que vem. Então não perca o telefone do despachante, ele é o profissional do jeito, o sacerdote que vai interceder por você no Detran, intermediário entre você e os "deuses" do jeitinho!!!!
Só que tudo tem um custo, não fale em suborno não, isso é palavra feia. Use outra semântica ... pagar uma taxinha de expediente, molhar a mão do funcionário, pagar o pedágio, azeitar a situação, por "em banho maria", passe por cima e quebre essa ... Veja outras expressões da semântica do jeitinho na página 48 do livro Dando um jeito no jeitinho.
O Jornal da Tarde, de 27/4/2000, mostrou o mapa (com nomes e telefones) dos "funcionários
especializados" nestes e noutros serviços de "utilidade pública" no Detran de São Paulo, que estão sendo caçados pela polícia. Ué ... mas eles não estão lá ... porque não são presos?????

Caso Nicéa reforçou sensação de impunidade
Em 19/mar/2000, O Estado de São Paulo publica oportuna matéria com esse título indicando que as denúncias da ex-primeira dama já eram conhecidas ao longo da gestão do prefeito Celso Pitta, mas foram poucos os inquéritos concluídos. De 100 inquéritos, apenas houve 1 condenação até agora.

No capítulo 15 do livro Dando um jeito no jeitinho, demonstramos que a impunidade no Brasil é um dos impulsionadores do jeitinho e da corrupção. Clique aqui e obtenha uma cópia em formato Adobe Acrobat do capítulo 15 do livro.
Descaso do poder público na saúde

A Fundação Nacional da Saúde (Funasa) publicou que entre janeiro de 1995 e dezembro de 1997, 342 mil crianças com menos de 5 anos morreram no Brasil de doenças relacionadas à falta de saneamento básico. Neste mesmo período, mais de 2 milhões de internações hospitalares foram causadas por este mesmo problema.
Um fato inusitado é que o BNDES informa que para cada R$ 4,00 investidos haveria a economia de R$ 10,00 na rede hospitalar, conforme dados de 1996. Veja mais em O Estado de São Paulo (Eliane Azevedo, "Falta de saneamento agrava saúde do País, 19/março/2000 - página A15 a 17).

No livro Dando um jeito no jeitinho, apresentamos que o descaso generalizado do poder público induz o cidadão a sonegar impostos (veja o capítulo 15 - obtenha uma cópia aqui - leia com Adobe Acrobat).

O que será preciso que façamos para que as autoridades sejam sensibilizadas de que recebem impostos e devem atender às necessidaes básicas da população (saúde, ensino, segurança, etc.)
Brasil - país da fantasia? Vamos fazer campanha para torná-lo realidade!
Será que hoje você já teve de dar jeito em alguma coisa?
Imagine que se cada um de nós varresse em frente de casa, a rua toda ficaria limpa.
Não permita que lhe obriguem a dar um jeito nas coisas. Denuncie.

Não faça do jeitinho uma arma, a vítima poderá ser você!
Participe você também!
Se você souber de alguma notícia, história, caso, frase ou situação envolvendo o jeitinho e deseja participar desta empreitada de dar um jeito no jeitinho brasileiro, escreva preenchendo o formulário na área "Como participar". Se a sua colaboração for classificada, entrará na futuras edições do livro.
Mafia de São Paulo: Chico de Góis lança o livro "Segredos da máfia"
O jornalista Chico Góis que é repórter do caderno Cotidiano da Folha de São Paulo, conta os bastidores do escândalo que abalou a cidade de São Paulo. A conhecida máfia dos vereadores. O livro tem 155 páginas e foi publicado pela Publisher Brasil (telefone: 11-813-1835; fax: 11-813-9662; e-mail: pbrasil@uol.com.br)
Você também tem vergonha de vereadores corruptos de sua cidade? Novas eleições vêm aí. Vote com responsabilidade e ajude a dar um jeito na situação política de sua cidade. VEJA OUTROS LIVROS ...
O contrabando e o jeitinho
Já que não consegue acabar ou mesmo reduzir o contrabando do Paraguai, o Brasil decidiu conviver com ele e arrecadar o que for possível em impostos, transformando os "sacoleiros" em microempresários, regularizando os seus negócios e concedendo-lhes facilidades de importação e tributação simplificada. (Folha de São Paulo 20/2/2000, caderno Dinheiro, p. 13)
Será que os impostos vão diminuir para outras importações? Ou mesmo vai haver simplificação no processo de importação? É esperar para crer!
Leia mais sobre isso
O custo Brasil e o jeitinho
Os economistas falam sobre o custo Brasil. Que tal fazer um exercício de imaginação e tentar descobrir o custo Brasil sem a corrupção, desvio de verbas, máfias," levar vantagem"?

Aliás cuidado: máfia - um dia ela pode pegar você?
 
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